Autor: Valdir Sodré dos Santos
Público Alvo:
Materiais: Jornais; Fitas métricas; Réguas; Fitas adesivas; Tesouras; Material dourado; Aquário de 1 dm³; Cabo de vassoura de 1 metro; Vasilhame de 1 litro; Água; Conta de água.
Resumo: Assim como só se aprende a escrever escrevendo, da mesma forma só se aprende a medir medindo. Medir nada mais é do que comparar grandezas de mesma natureza. E “quando isso se torna uma necessidade não apenas individual, mas também social, a solução para o problema tem de ser feita pela escolha de um padrão de medida que facilite as comparações. Como teria surgido então o nosso Sistema Métrico Decimal?” (BITTAR; FREITAS, 2005, P. 124). Desde a antiguidade até os dias de hoje, foram utilizados diversos padrões de medida, comumente relacionados ao corpo humano, como a polegada, o palmo, o côvado (comprimento do antebraço, da ponta do dedo médio até o cotovelo), a jarda (distância entre o nariz e o polegar do braço estendido do rei Henrique I da Inglaterra, no séc. XII – 0,9144 metro), a braça (antiga medida de comprimento equivalente a 2,20 metros), dentre outros, com variações de um lugar a outro, porém tornando-se cada vez mais obsoletos. O surgimento do Sistema Legal de Medidas está intrinsecamente relacionado com as trocas e com o comércio. Com a implementação do capitalismo, pós-Revolução Francesa, a Assembleia Constituinte Francesa, em 1790, criou uma comissão de cientistas para padronizar as medidas, que culminou com uma lei que estabeleceu o metro como unidade padrão de comprimento, definido como “a décima milionésima parte do quadrante de um meridiano terrestre” (BITTAR; FREITAS, 2005). A humanidade só conseguiu a padronização da escrita numérica no século XVI, tornando o sistema de numeração decimal hindu-arábico universal.
Em contrapartida, foram necessários mais três séculos para solucionar o problema das medidas. O Sistema Métrico Decimal se universalizou em diferentes povos, com exceção de raros países como a Inglaterra. Analisando o tratamento dado aos conteúdos matemáticos a serem trabalhados em sala de aula, especificamente o Sistema Legal de Medidas, componente do bloco de conteúdos Medidas e Grandezas dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), percebe-se uma prática usual entre os docentes do Ensino Fundamental em apresentar tal conteúdo no final do ano letivo e de forma isolada. De uma forma mais ideal, trabalhar com o Sistema Legal de Medidas deve ser no decorrer de todo o ano letivo, resolvendo situações-problema e de maneira interdisciplinar na própria Matemática. Segundo os PCN (1997, p. 130), “é importante que ao longo do ensino fundamental os alunos tomem contato com diferentes situações que os levem a lidar com grandezas físicas, para que identifiquem que atributo será medido e o que significa a medida”. Nesta vivência serão enfatizadas as unidades de medida de comprimento, de superfície, de volume e de capacidade do Sistema Legal de Medidas, interligando-as numa única proposta de trabalho. Tal atividade é direcionada aos docentes da Instituição escolar, porém pode ser adaptada e trabalhada com os estudantes do Ensino Fundamental.
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